Para que lado pende a balança? Antes do programa nacional de estabilização financeira, ( Plano Real ) finalmente ter conseguido domar o monstro da inflação galopante que assolava e empobrecia o país, era comum dizer-se que o processo inflacionário desenfreado transferia do setor produtivo, para o especulativo a riqueza dos brasileiros.
Os empresários, consumidores, analistas, se esmeravam em demonstrar que este era um país construído com a “esperteza” do setor financeiro. Que tripudiava sobre o setor produtivo, recompensando quem especulava, enriquecendo os bancos e empobrecendo a sociedade consumidora e produtiva.
Muita coisa mudou nesse país, mas com relação aos bancos, parece que “tudo continua como antes no quartel de Abrantes”.
Um desproporcional privilégio do setor financeiro e um fantástico endividamento do setor produtivo. Com a contínua transferência de riqueza, deste para o setor bancário.
A busca da reversão dessa situação, vem sendo feita de forma dura, lenta e gradual para estabilizar a balança:
• Pelos empresários, por uma postura, cada vez mais avessa a empréstimos bancários. E mais sintonizada com uma economia empresarial formada por capital próprio e por geração operacional de caixa positiva.
• Conter custos, aumentar produtividade, melhorar a qualidade dos produtos e a imagem das marcas junto ao mercado. Tem sido práticas saudáveis de resgatar a saúde econômico-financeira dos negócios;
• No meio consumidor, a melhor gestão das contas pessoais, formação de poupança e o planejamento econômico-familiar. Tem sido também, um encaminhamento capaz de minimizar a histórica dependência das pessoas à sua velha e consagrada conta-limite no banco.
Além dessas medidas de conscientização e evolução gradativa de nossa cultura econômica. Muitos já combalidos por passivos superiores às suas capacidades de pagamento, têm buscado nos Procons, nos tribunais. E até em negociações diretas com seus credores, o ajuste de seus débitos.
A busca dos direitos através da negociação ou de ações judiciais, através do assessoramento de profissionais e entidades qualificados. Tem conseguido obter significativos resultados, na recomposição dos passivos, redução de juros, alongamento de prazos e reequilíbrio das obrigações contratuais. Num trabalho de resgate, quer à capacidade creditícia, como econômico-financeira, das empresas e das pessoas.
Para que lado pende a balança?
O que se visa não é evitar o pagamento do que se deve, mas livrar o cliente do banco, da parte ilegal da sua dívida. Como o abuso tem sido grande, as reduções também são expressivas. Num contrato de financiamento em que a taxa de juros girou em torno de 7% ao mês (e não são poucos), ao longo de dois anos, só o expurgo da capitalização já reduz o saldo devedor em 50%.
A cobrança de juros sobre juros, os débitos de valores indevidos de serviços e empréstimos nas conta-correntes, a devolução indevida de cheques, a extinção unilateral de limites concedidos e contratados, a inclusão no SPC e na Serasa. Estas são algumas das irregularidades possíveis de serem corrigidas, e até mesmo, quando ilícitas, indenizadas, como dano moral, pelos bancos.
A hora é agora, é preciso resgatar em nossa cidadania este campo de atuação, recolocando o equilíbrio e o peso dos meios produtivos, consumidores e financeiros nos seus devidos lugares, pois é um tributo improrrogável que devemos as gerações futuras, para a saúde da economia deste país.
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